Wellington Camargo, irmão da dupla Zezé Camargo e Luciano,
vai realizar Show em viana-ma no dia 30/10/2013horário ás 19:00 hs da noite Local Praça Bíblia Ao vivo Não Perca Realização Assembléia de Deus Ministério de Madureira - Viana Apoio America Entretenimento
terça-feira, 29 de outubro de 2013
RESTO DE ASFALTO VELHO
Resto de Asfalto velho esta sendo colocado em várias ruas de Viana, sendo feito a Operação tapa Buraco que a própria prefeitura de Viana esta executando, tudo é fato verdadeiro que a nossa equipe constatou em várias ruas da nossa cidade, lixo de Asfalto velho sendo colocado em várias ruas. é muito lamentável e muito vergonhoso.
Juro bancário de pessoa física é o mais mais alto em 17 meses em setembro
No mês passado, taxa avançou 0,7 ponto percentual, para 37,2% ao ano.
Bancos seguem repassando ao cliente alta dos juros básicos da economia.
No mês passado, a taxa média com recursos livres (que excluem habitação, BNDES e crédito rural) avançou 0,7 ponto percentual, para 37,2% ao ano, contra em 36,5% ao ano no mês agosto. É o maior patamar desde abril de 2012, quando estava em 39,4% ao ano.
saiba mais
O aumento dos juros bancários de pessoas físicas acontece após o próprio Banco Central ter iniciado, em abril deste ano, um ciclo de alta dos juros básicos da economia, para tentar conter o crescimento da inflação. Desde então, os juros básicos subiram cinco vezes, passando de 7,25% para 9,5% ao ano – uma elevação de 2,25 pontos percentuais.
Repasse da alta dos juros básicos (Selic)
Com o aumento dos juros básicos do país, também houve alta na taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos. No fim do ano passado, a taxa de captação, para operações com pessoas físicas, estava em 8,3% ao ano, passando para 11,4% ao ano em setembro. Um crescimento de 3,1 pontos percentuais.
Com o aumento dos juros básicos do país, também houve alta na taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos. No fim do ano passado, a taxa de captação, para operações com pessoas físicas, estava em 8,3% ao ano, passando para 11,4% ao ano em setembro. Um crescimento de 3,1 pontos percentuais.
No mesmo período, os juros bancários das instituições financeiras para pessoas físicas cresceu 3,3 pontos percentuais, visto que estavam em 33,9% ao ano em dezembro de 2012. Deste modo, os dados do BC mostram que as instituições financeiras estão repassando a alta do custo de captação que tiveram por conta da elevação dos juros básicos da economia pelo Banco Central.
Taxa média de empresas e geral
No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados "recursos livres", a taxa média somou 20,7% ao ano em setembro – com alta de 0,1 ponto percentual frente ao patamar de agosto (20,6% ao ano). É o maior valor desde abril do ano passado (22,2% ao ano). No ano, essa taxa avançou 2,7 pontos percentuais.
No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados "recursos livres", a taxa média somou 20,7% ao ano em setembro – com alta de 0,1 ponto percentual frente ao patamar de agosto (20,6% ao ano). É o maior valor desde abril do ano passado (22,2% ao ano). No ano, essa taxa avançou 2,7 pontos percentuais.
Tamém subiu em setembro deste ano a taxa média geral de todas as operações com recursos livres, que somou 28,4% ao ano no mês passado, contra 28% ao ano em agosto. Neste caso, os juros atingiram o maior valor desde maio do ano passado (28,5% ao ano). No acumulado de 2013, a taxa média de juros bancários avançou 3,1 pontos percentuais.
Nova metodologia
O Banco Central mudou, no início deste ano, o formato de registro dos dados relativos aos juros bancários e, ao mesmo tempo, também desativou a série histórica que vigorava anteriormente. Pela nova metodologia, as operações com recursos livres (que não têm relação com o crédito direcionado, que é rural, BNDES e habitação) passaram a englobar algumas modalidades de empréstimos, como arrendamento mercantil (leasing), descontos de cheques (operações que se assemelham com "factoring"), além de cheque especial pessoa jurídica e antecipação de faturas de cartão.
O Banco Central mudou, no início deste ano, o formato de registro dos dados relativos aos juros bancários e, ao mesmo tempo, também desativou a série histórica que vigorava anteriormente. Pela nova metodologia, as operações com recursos livres (que não têm relação com o crédito direcionado, que é rural, BNDES e habitação) passaram a englobar algumas modalidades de empréstimos, como arrendamento mercantil (leasing), descontos de cheques (operações que se assemelham com "factoring"), além de cheque especial pessoa jurídica e antecipação de faturas de cartão.
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Jovem é morto a tiros na região do Pindorama
Um jovem identificado como Carlos Wanderson F. dos Santos, de 26 anos foi assassinado com disparos de arma de fogo por volta das 6:45 horas do sábado, na região do Pindorama.
Ainda não se sabe o que teria motivado o assassinado e nem a identidade do (os) suspeito (os). O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde foi reconhecido por familiares.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública, nove assassinatos ocorreram na Região Metropolitana de São Luís, de sábado (26) até a madrugada desta segunda-feira (28).
Dilma vem ao Maranhão em novembro e terá agenda participativa com Edivaldo e Flávio Dino
Se o clima entre a presidente Dilma Rousseff e o senador José Sarney já é dos melhores, por conta da sucessão estadual de 2014, a tendência é piorar ainda mais em novembro quando a mandatária do país vem ao Maranhão com agenda participativa com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o presidente da Embratur, Flávio Dino.
Coincidentemente Dilma deixou para vir ao estado após o Processo de Eleição Direta do PT, marcado para o dia 10 de novembro, quando os petistas maranhenses já terão escolhido seu novo presidente, entre Augusto Lobato, Henrique Sousa ou reeleito Raimundo Monteiro, braço direito do vice-governador e capacho de Roseana Sarney.
A presença de Dilma ao lado de Flávio Dino e Edivaldo Holanda, na interpretação de quem acompanha o cenário político local, vai deixar Sarney maluco, pois ficará claro a preferência da presidente pelo candidato do PCdoB, partido que sempre esteve ao seu lado, ao contrário do grupo Sarney que vive pulando de galho em galho e representa o que existe de pior na política do país.
Agora lascou! Polícia faz marcha de protesto contra a insegurança
Segundo nota enviada a imprensa pelo cabo Campos, a marchar seguirá até o palácio dos leões onde os líderes do movimento pretendem entregar uma lista de reivindicações à governadora, como armas para os policiais, coletes, seguro de vida, agilidade no atendimento as famílias vitimas, etc.
Os organizadores da marcha de protesto contra a violência carregarão faixas com as fotos das vitimas e uma cruz simbolizando seu calvário.
O protesto dos militares chama atenção pelo fato da própria corporação se sentir insegura e sem condições de oferecer segurança as comunidades. E olha que a governadora prometeu que a população poderia dormir de portas aberta naquilo que seria o melhor governo da vida dela. Imagine se fosse o pior.
Imagem do dia: População usa redes sociais para se livrar de assaltos
O local é o mais perigoso de São Luís, mesmo assim não há policiamento, sequer uma viatura ou trailer da PM. Uma foto postada nas redes sociais mostra o lugar de maior incidência de assaltos na região dos shoppings (Jaracati) próximo da Universidade CEUMA, Mc Donalds e do recém inaugurado Habibs. Fiquem com a denuncia retirada do facebook:
[REPASSANDO]
Galerinha…
Ontem dia 26/10/2013 as 20:30 estávamos vindo do Mc’ Donalds do renascença em direção a via expressa, vinhamos pela Rua 9 (ao lado do ceuma) quando reduzimos a velocidade pra fazer a curva a esquerda na avenida 3 (a avenida do antigo Colégio Girassol), Saíram 4 bandidos armados de dentro do mato em cima do nosso carro, parecia um filme que nós não queríamos sermos atores.
Graças a Deus que nos deu livramento e sabedoria pra acelerar e passar rapidamente por eles, porém o carro que vinha atrás não teve a mesma sorte.
Hoje já me disseram que estão assaltando lá direto…
“Conseguir videos de moradores dos prédios vizinhos com a ação dos bandidos”…
AQUI SEGUE NO POST A FOTO DO LOCAL
E O LINK DOS VIDEOS COM O REGISTRO DAS AÇÕES CRIMINOSAS….
EXONERAÇÃO DE ALLAN KARDEC - Holanda Jr começa a mudar relação com aliados políticos
A exoneração do agora ex-secretário municipal de Educação, Allan Kardec, abre precedentes para profundas mudanças na administração municipal e reviravolta nas relações da gestão com os partidos aliados que compõem a atual estrutura. Segundo fonte com bom trânsito no Palácio La Ravardière, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr, "bateu na mesa" e disse que ele é "quem manda na Prefeitura de São Luís", em um claro recado a quem tentar "meter o bedelho" em suas decisões.
Não é novidade para ninguém que o ex-secretário de Educação foi indicado pelo PCdoB, partido da base aliada ao governo municipal e que compôs com Edivaldo Holanda Jr nas eleições passadas. Fato é que Allan Kardec conduzia a pasta em meio a muitas críticas e denúncias, o que levou o prefeito a exonerá-lo do cargo.
E, segundo a fonte, há mais demissões a caminho. Uma auditoria interna será o "termômetro" para decidir sobre determinadas permanências ou não em secretarias comandadas ou não por aliados políticos.
Quem conhece o prefeito de perto sabe que ele é do tipo calmo, tranquilo, que não costuma dar murro em cima de mesa ou tomar medidas radicais sem pensar, até quando isso lhe for suportável. No entanto, para dar um outro ritmo à administração municipal, ele começa a tomar decisões mais independentes, pensando, com certeza, no futuro político.
Movimento Viana é Nossa
No dia 30/11/2013 ás 19:00 horas da noite vai ser realizado na Vila Zizi um grande Movimento integrado por organizações comunitárias, e força sindical, e organizações politicas do nosso município para dialogar com cada cidadão Vianense, neste sentindo vai ser lançado o Movimento Viana é Nossa com a oportunidade de destacar os recurso público que são destinado para o nosso município no Exercício de 2005 á 2013, com objetivo de esclarecer para a nossa população os gasto público.O Movimento Viana é Nossa vai precorre todos município de Viana. o Movimento Viana é Nossa Vai ser coordenado por Enio Amorim Membro do PCB- Partido Comunista Brasileiro.
Câmara homenageará ex-presidente Lula com Medalha Suprema Distinção
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será condecorado pela Câmara dos Deputados com a Medalha Suprema Distinção, em reconhecimento à sua luta em defesa do povo brasileiro.
A trajetória de Lula em transformar o Brasil em um País livre, justo, democrático e soberano foi o que levou o líder da bancada do PT, deputado José Guimarães (PT-CE), a indicar o ex-presidente para receber a menção honrosa. A cerimônia acontecerá no próximo dia 29 de outubro, terça-feira (29), no plenário da Câmara.
A Medalha Suprema Distinção foi criada para homenagear Presidentes da República, Chefes de Estado, Presidentes do Senado Federal, Presidentes do Supremo Tribunal Federal e altas personalidades estrangeiras e nacionais por serviços relevantes realizados no exercício da função pública.
A condecoração faz parte de uma série de eventos promovidos pela Câmara dos Deputados em comemoração aos 25 anos da Constituição Federal comemorados em outubro.
A Constituição Cidadã nasceu da eclosão de mobilizações que ocorreram em meados da década de 80. A população brasileira ansiava por liberdade e estabilidade institucional. As vozes da rua gritavam pelo fim da ditadura militar, por abertura política, e por eleições diretas.
Nesse momento histórico, o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, em 1986, o deputado federal constituinte com a maior votação do país. A ele foi delegado a tarefa de, junto com seus companheiros, elaborar um dos documentos mais importantes de toda a história do País, a Constituição de 1988.
A transição de um regime autoritário para um regime democrático, tão sonhado pela maioria da população, foi estabelecida no dia 5 de outubro de 1988, com a promulgação da nova Constituição que teve na figura do ex-presidente Lula um de seus maiores defensores.
(Benildes Rodrigues – PT na Câmara)
Campanha Natal Solidário
Vai ser iniciado a campanha Natal Solidário no dia 04/11/2013 é uma iniciativa do Blog Viana Livre em parceria com a Assembléia de Deus do Ministério de Madureira, as doação será feita no posto de arrecadação na sede da Assembléia de Deus do Ministério de Madureira,das 08:00 horas da manhã vai até ás 17:00 horas você pode doa com um kg de alimentos não perecível, roupas, calçados usados, a campanha Natal Solidário vai ser finalizado no dia 23/12/2013. obs: as doação será feita todos os dias todos os material arrecadados será doados para as família carentes do nosso município. Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor
Mensagem para o Dia do Servidor Público
A todos aqueles que servem...
Fazem o seu trabalho o melhor possível para melhor atender aqueles que dele dependem;
Executam o seu trabalho sabendo que cada um é responsável pelo resultado de uma equipe;
Procuram conhecer, melhorar e aperfeiçoar suas atividades para que faça diferença substancial na qualidade dos serviços prestados;
Com responsabilidade, e que diante das dificuldades pessoais e profissionais, cuidam para que não seja afetado o resultado do seu trabalho;
Contribuem para que o seu ambiente de trabalho seja agradável, cordial e produtivo e tenham a disposição para ajudar os colegas a conhecer o que sabem e aprendam também com eles;
A todos aqueles que estiveram ativos como Servidor, a maior parte de sua vida e contribuíram para atender a missão do Estado prestando um serviço de qualidade;
Aos Servidores que fazem do seu trabalho uma diferença na qualidade de vida dos cidadãos;
Parabéns pelo seu Dia!
Servidores Público Municipal, Estadual do Maranhão
sábado, 26 de outubro de 2013
Casarão sofre princípio de incêndio na Rua Rio Branco
Um casarão localizado na Rua Rio Branco, no centro de São Luís, sofreu princípio de incêndio no início da tarde desta sexta-feira (25). Um carro do Corpo de Bombeiros foi deslocado para o local e conseguiu conter o fogo, que atingiu a fachada do imóvel de número 185. As possíveis causas do incêndio ainda não foram divulgadas. Dentro do imóvel havia material inflamável, como colchão, papel, sacos plásticos. As suspeitas são de que moradores de rua tenham provocado o ocorrido. Fonte G1-Ma
Candidatos se atrasam e perdem o primeiro dia do Enem
No primeiro dia de provas da edição 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), muitos candidatos chegaram com até quatro horas de antecedência ao local de prova. Mas houve casos de estudantes que acabaram perdendo a prova por chegarem após o fechamento dos portões, que aconteceu pontualmente às 13h do horário oficial de Brasília. Segundo o edital do Enem 2013, Os dois pretendiam conseguir com o Enem Acordou tarde demais A estudante Dominique Mantuano, de 19 anos,chorou muito ao ver os portões fechados no Rio. “Eu não podia ter perdido. Eu já tinha passado para pedagogia, mas eu queria letras. Eu acordei atrasada, às 12h, porque passei a noite estudando. Eu não acredito", afirmou a jovem, inconformada por ter perdido o ano de estudos. Dominique explicou que, como trabalha em uma loja, só podia estudar à noite, quando chegava em casa. "O jeito é tentar ano que vem novamente. Eu vou vir amanhã só para testar a minha redação", disse a jovem, que mora no Méier.
O Estado e a violência
“Nosso objetivo final é a supressão do Estado,
isto é, de toda a violência, organizada e sistemática,
de toda coação sobre os homens em geral”
A maior de todas as violências do Estado é o próprio Estado. Ele é, antes de tudo, uma força que sai da sociedade e se volta contra ela como um poder estranho que a subjuga, um poder que é obrigado a se revestir de aparatos armados, de prisões e de um ordenamento jurídico que legitime a opressão de uma classe sobre outra. Nas palavras de Engels é a confissão de que a sociedade se meteu em um antagonismo inconciliável do qual não pode se livrar, daí uma força que se coloque aparentemente acima da sociedade para manter tal conflito nos limites da ordem.
A ideologia com a qual o Estado oculta seu próprio fundamento inverte este pressuposto e o apresenta como o espaço que torna possível a conciliação dos interesses que na sociedade civil burguesa são inconciliáveis. A contradição existe no corpo da sociedade dividida por interesses particulares e individuais, enquanto o Estado, ao gosto de Hegel, seria o momento ético-politico, a genericidade como síntese da multiplicidade dos interesses. A este momento político universal se contrapõem o dissenso, a rebeldia, o desvio e este deve ser contido nos limites da ordem, do que resulta que todo Estado é o exercício sistemático da violência tornada legítima.
Desde Maquiavel que a teoria política moderna sabe que a violência não pode ser o instrumento exclusivo do Estado, o uso adequado da violência (para Maquiavel aquele que atinge o objetivo de conquistar e manter o Estado) deve ser combinado com as formas de apresentá-lo como legítimo, o que nos leva à síntese entre os momentos de coerção e consenso, a famosa metáfora maquiavelice do leão e da raposa. Poderíamos dizer que a violência só é eficaz quando envolvida por formas de legitimação da mesma forma que os instrumentos de consenso pressupõem e exigem formas organizadas de violência. O leão e a raposa são igualmente predadores, suas táticas é que diferem.
A separação entre violência e consentimento, entre coerção e consenso, serve às vestes ideológicas que procuram apresentar o Estado como uma função necessária e incontornável da sociabilidade humana. Nesta leitura ideológica, uma vez constituída a sociabilidade sobre as formas consensuais expressas no ordenamento jurídico, nas normas morais e imperativos éticos aceitos e compartilhados, a violência fica como uma espécie de reserva de segurança para conter os casos desviantes. Assim, a violência é apresentada como exceção e o consentimento como cotidianidade. O Estado é a garantia que a violência será coibida.
Nada mais enganador. A violência é resultante da contradição inconciliável que fundamenta nossa sociabilidade e portanto ela é cotidiana, onipresente e inevitável. Ainda que disfarçada de formas não explícitas como nos consensuais procedimentos legais e fundamentos jurídicos, como valores morais ou formas aceitas de ser e comportar-se. Até Durkheim sabia disso quando afirmava que as formas de ser, agir e pensar são impostas coercitivamente e se não percebemos esta coerção nas formas cristalizadas como hábitos não é porque ela não exista, mas porque já foi realizada com eficiência.
Mesmo a violência explícita é cotidiana. Ela é explícita e invisível, se mostra para ocultar-se. No preconceito que segrega, na miséria que aparta, na polícia que prende, tortura e mata, na moradia que se afasta, nas portas que se fecham, nos olhares que se desviam. Na etiqueta de preço nas coisas feitas em mercadorias que proíbem o acesso ao valor de uso, no mercado de carne humana barata na orgia de valorização do valor, sangue que faz o corpo do capital manter-se vivo.
Mas ela também é explícita e visível. No tapa na cara do trabalhador na favela dado por um homem de farda e armado. Na fila de cara para o muro sendo apalpados, nos flagrantes forjados ou não, no saco de plástico na cabeça, na porrada, no chute na cara, no choque nos testículos. Na cabeça para baixo, olhos para o chão, mãos na cabeça, coração acelerado. Na humilhação de ser jogado no camburão, na delegacia, como carga de corpos violentados nos presídios, longe de direitos e mesmo de procedimentos elementares, muito longe de recursos e embargos infringentes.
Um doente aidético, chora em sua cama na enfermaria do antigo presídio do Carandiru e atrapalha o sono do agente penitenciário. É espancado em sua cama com um cano de ferro. O cano da arma na boca da criança que dorme nos degraus da igreja na Candelária. O viciado arrastado à força para o “tratamento”. O louco impregnado de medicamentos. A família que vê o trator derrubar sua casa na remoção para viabilizar a Copa do Mundo de futebol. A mãe que reconhece o corpo de seu filho assassinado no mato e ouve do delegado para deixar quieto e não fazer ocorrência. Ela parou de falar, obedeceu.
Mas haveria uma ligação entre esta violência dispersa e multifacetada e o Estado como garantia da ordem burguesa? O Estado parece deixar-se distante disso tudo. Certo que são seus agentes que operam esta violência cotidiana, mas o Estado trata, como cabe a uma universalidade abstrata, de abstrações. Ele traça os planos, as metas, as políticas. Ele elabora o PRONASI, um programa nacional de segurança e cidadania, no qual os objetivos são moralmente aceitos, os meios os melhores e as intenções louváveis, mas os corpos começam a aparecer nas UPPs. O prefeito chora em Copacabana quando o Rio é escolhido para sediar o grande evento esportivo e o trator começa a derrubar casas. A presidente aprova a usina hidroelétrica e as árvores e índios começam a perder seus espíritos e raízes.
Há três anos, depois do primeiro turno das eleições nas quais o PT apoiou a candidatura de Sérgio Cabral ao governo do Rio de Janeiro, Lula discursando na inauguração de uma plataforma de petróleo da Petrobras em Angra disse:
“O Rio de Janeiro não aparece mais nas primeiras páginas dos jornais pela bandidagem. O governo fez da favela do Rio um lugar de paz. Antes, o povo tinha medo da polícia, que só subia para bater. Agora a polícia bate em quem tem que bater, protege o cidadão, leva cultura, educação e decência”.
Três anos depois um pedreiro sai de um boteco na Rocinha “pacificada”. É abordado pela polícia militar e levado para averiguações na sede da UPP. Sua cabeça é coberta por um saco plástico, é espancado e toma choques. Epilético, não resiste e morre. Os policiais desaparecem com o corpo. Dez policiais são indiciados pelo crime, o governador Cabral e o secretário de segurança Beltrame não estão entre eles. O Estado no seu reino de metafísico está protegido pela muralha da universalidade abstrata, no cotidiano da sociedade civil burguesa onde se estraçalham as particularidades pode-se sempre acusar o erro humano, o desvio de conduta, a corrupção. O Estado então promove seu ritual de encobrimento: vai ser aberta uma sindicância e serão feitas averiguações. Evidente que os dez acusados ou suspeitos não serão sequestrados, suas cabeças enviadas em sacos plásticos e seus corpos desaparecidos.
Na abstração dos direitos somos todos somos iguais. Na particularidade viva da sociedade burguesa somos pobres, pretos, favelados, facilmente identificados para receber práticas discriminatórias em nome da ordem a ser mantida. Ordem e tranquilidade. Na ordem garantida os negócios e acordos são garantidos sem sobressaltos, a acumulação de capitais encontra os meios de se reproduzir com taxas adequadas, o Estado é saneado financeiramente destruindo as políticas públicas e garantindo a transferência do fundo público para a prioridade privatista. A ordem garante que a exploração que fundamenta nossa sociabilidade se dê com tranquilidade.
No entanto as contradições desta ordem, por vezes, explodem em rebeldia e enfrentamentos. Não apenas como nos protestos que presenciamos desde junho, mas também por pequenas explosões e caóticas resistências que vão desde o enlouquecimento e a miserabilidade que se torna incomodamente visível, até o crime.
Professores, universitários do ensino público federal ou da rede estadual e municipal de ensino, que resolvem não aceitar a imposição de um plano de carreira; jovens que se recusam a pagar o aumento das passagens, mulheres exibindo seus seios e jovens se beijando, escudos, vinagres e máscaras; são apenas a expressão mais contundente e parcial da contradição (esperamos ainda que despertem metalúrgicos, petroleiros e outros). Além destas manifestações já estavam lá no corpo doente da cidade, os bolsões de miséria, as favelas, as famílias destruídas, os jovens sem futuro acendendo seus isqueiros para iluminar um segundo de alegria.
O Estado é a trincheira de proteção estratégica da ordem da propriedade privada e da acumulação privada da riqueza socialmente produzida. No centro desta zona estratégica está a classe dominante, a grande burguesia monopolista dona de fábricas, bancos, empresas de transporte, controlando o comércio interno e externo, o agronegócio, as indústrias farmacêuticas e das empresas de saúde, etc. São cerca de 124 pessoas que controlam mais de 12% do PIB do Brasil, os 10% mais ricos que acumulam 72,4% de toda a riqueza produzida. Em seu entorno estão seus funcionários, um exército de burocratas, políticos, técnicos e serviçais de toda ordem que erguem em defesa deste círculo estratégico de uma minoria plutocrata as esferas do poder público e seus aparatos privados de hegemonia.
Na forma de um terceiro círculo de defesa, mas que se articula a este segundo, está um exército de funcionários que executam o trabalho (limpo ou sujo) de manutenção da ordem. Como extrato baixo da burocracia Estatal não compartilha dos altos salários e benesses do segundo círculo, mas isso não os faz diretamente membros da classe trabalhadora por receberem baixos salários e terem que trabalhar e viver nas condições de nossa classe. O ato de um policial militar que estapeia o rosto de um trabalhador na favela é o ato pelo qual ele abdica de sua condição de classe, se alia aos nossos algozes e se torna nosso inimigo.
Contraditoriamente, o ato pelo qual uma corporação, como os bombeiros, se levanta em greve por condições de trabalho e salários, é o ato pelo qual rompe com seus chefes e busca aliar-se a sua classe para constituí-la enquanto classe. “O bombeiro é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”, gritam os trabalhadores que lhes abrem os braços com a infinita solidariedade que constitui a liga sólida que nos faz classe.
Um taxista pega um grupo de professores e pergunta se eles estavam na manifestação contra o Prefeito Eduardo Paes e seus planos de carreira. Diante da resposta positiva o taxista diz: “então não vou cobrar esta corrida, fica como contribuição para a luta de vocês”.
O Estado precisa reprimir e criminalizar toda e qualquer dissidência pelo simples motivo de que por qualquer pequena rachadura da ordem pode brotar a imensa torrente que nos unirá contra a ordem que o Estado garante. Ainda que muitos de nós ainda não saibamos disso, o Estado e a classe que ele representa sabem.
A ridícula minoria de exploradores e os círculos de defesa que se formam em torno deles, está cercado por nós, a maioria. Primeiro pelos trabalhadores recrutados pelo capital para valorizar o valor, depois um enorme contingente de trabalhadores que garantem as condições indiretas de produção e reprodução da força de trabalho e logo em seguida pela massa de uma superpopulação relativa cujo papel é pressionar os salários para baixo, para manter a saúde da acumulação de capitais. Por isso, eles estão armados até os dentes, por isso tem tanto medo de nós.
Fica evidente o motivo pelo qual a classe dominante precisa do Estado, a grande pergunta é: para que nós precisamos do Estado?
A justificativa ideológica quer nos fazer crer que a complexidade da sociedade contemporânea exige um grau de planejamento, técnica, procedimentos sem os quais seria impossível a vida em sociedade e mergulharíamos no caos da guerra de todos contra todos. Ora, como diria Einstein: defina caos! Estamos mergulhados na guerra da burguesia monopolista e imperialista contra todos! Brecht já dizia em seus poemas sobre a dificuldade de governar: “Todos os dias os ministros dizem ao povo como é difícil governar. Sem os ministros, o trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima. Nem um pedaço de carvão sairia das minas.”
Quem somos nós e por que precisamos deles? Somos trabalhadores, sabemos plantar alimentos, construir casas, fazer roupas e meios de transporte, calçados e todos os tipos de ferramentas, ensinamos e cuidamos de nossa saúde, e como não somos de ferro fazemos músicas e poemas, trazemos a vida para telas e palcos, damos forma ao mármore e ao bronze, nos olhamos e nos apaixonamos e temos filhos tão humanos, tão humanos que carregam a vã esperança de que podemos ser melhores.
Mas isso é utópico, a natureza humana… a natureza humana! Nos gritam os ideólogos. Temos contradições, é verdade. Nós brigamos, divergimos, conhecemos a maldade e os canalhas de toda a espécie. A ordem da propriedade e da mercadoria e o poder que inevitavelmente a ela se acopla transformam nossas contradições em contradições inconciliáveis e criam formas de poder que consolidam uma ordem de exploração. Não queremos abolir as contradições, queremos desvesti-las da forma histórica da propriedade e vivê-las humanamente.
Quando tivermos superado esta ordem e um trabalhador hipoteticamente encontrar em um banco de praça o Cabral e o Paes, despidos de toda a autoridade de seus cargos, nus de todo poder com o qual a ordem do capital os ungiu, vai colocar a mão no ombro deles e dizer: “vocês são uns bostas, canalhas mesmo, minha vontade é chamar aquele meu amigo black bloc e te encher de porrada… mas eles não batem em gente, só em coisas. O lanche é às 16 horas e a festa às 20 horas lá na praia, passa lá para a gente vaiar vocês… pelos maus tempos”.
É lógico que eles e seus patrões verdadeiros não vão permitir que isso aconteça, por isso temos que nos constituir como um poder tão grande e definitivo que ninguém possa questionar. Destruir o Estado da Burguesia e construir o Estado dos Trabalhadores que prepare as condições para superar as contradições que exigem um poder separado da sociedade até que consigamos eliminar as classes e constituir uma sociedade sem Estado, autogovernada.
Não precisamos deles (podemos começar fechando o Senado que não vai fazer falta). Não é possível que não possamos fazer melhor que esta porra que está aí. Vai do nosso jeito… nosso porto, por exemplo, pode não ser um “porto maravilha”, porque maravilha para eles é esta cidade horrorosa, desigual e injusta cheia de prédios enormes de cimento e vidro e vazios por dentro à noite, cemitérios com seus túmulos sem ninguém que os habite.
Nosso porto teria casas, algumas modestas com o reboco por consertar e a pintura gasta, com janelas abertas e dentro delas pessoas que as fazem humanas. De lá sairiam crianças alegres, saudáveis e alimentadas, indo para as escolas, parques e museus, e nós sairíamos para o trabalho para fazer todas as coisas que sabemos e a noite voltaríamos para nossas casas e cada um trabalharia de acordo com sua capacidade e receberia de acordo com sua necessidade.
Nós chamamos isso de comunismo, porque somos comunistas. Chamem do que quiser: socialismo, sociedade libertária, anarquismo, plena democracia… não importa, não somos fetichistas das palavras. Queremos apenas, e conquistamos este direito, participar da luta por ela e em sua construção. Afinal, é isso que nós comunistas fazemos… a mais de 160 anos.
Até quando o mundo será governado pelos tiranos?
Até quando nos oprimirão com suas mãos cobertas de sangue?
Até quando se lançarão povos contra povos numa terrível matança?
Até quando haveremos de suportá-los?
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
O fator Washington Luis
16/10/2013 POLÍTICA
Arnaldo Melo: a vaga é da AL
A decisão do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), de “segurar” mais um pouco o lançamento de edital convocando a eleição para escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão – que substituirá Yêdo Lobão, aposentado na segunda-feira, dia 14 – tem uma razão de ser. O chefe do Poder Legislativo disse a interlocutores sempre ter certeza de que a vaga deve mesmo ser preenchida por indicação do Legislativo estadual. Mas o encaminhamento de um ofício, assinado pelo presidente do TCE, conselheiro Edmar Cutrim, informando sobre a vacância do cargo, deu a ele a certeza de que na própria Corte de Contas não deve haver empecilhos. Na lógica do presidente Arnaldo Melo, se houvesse ainda no TCE alguma dúvida de que a vaga é da Assembleia – e ela chegou a existir durante algum tempo, com manifestações públicas de membros do Ministério Público de Contas (MPC) reivindicando o direito de indicar o novo membro -, a comunicação não seria feita tão rapidamente. De posse do documento oficial, o presidente do Legislativo deve, agora, iniciar uma série de conversas para que, no fim das contas, o novo conselheiro seja eleito sem a necessidade de disputa, mas fruto de um consenso. Vale aguardar.
(Da coluna Estado Maior, do jornal O Estado do Maranhão)
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Fome e Miséria
15/10/2013
O maior problema do mundo é a fome. A fome está presente em todas as nações, desenvolvidas e subdesenvolvidas, este flagelo é o que mais contribui para as guerras, catástrofes naturais, má distribuição de renda, violência e destruição do meio ambiente. A fome é uma agressão e diminui o tempo de vida de quem padece, atua sobre a estrutura mental e conduta do ser humano, é uma questão de saúde publica, junto com o saneamento básico, a vigilância sanitária e a habitação. Dos efeitos destruidores da fome, o mais freqüente, é o fenômeno da fome parcial, ou fome oculta, na qual pela falta permanente de determinados elementos nutritivos em seus regimes habituais, grupos inteiros morrem lentamente de fome, apesar de comerem todos os dias. A questão da fome, não está ligada somente à falta de alimento, envolve também a degradação do meio ambiente e a falta de paz. Estas questões mostram-se de forma mais crítica nos bairros mais distante do centro, pois estes não dispõem de infra-estrutura, nem saneamento básico. Os esgotos e o lixo mancham e degradam o meio ambiente, e trazem vários transtornos, principalmente doenças. A degradação do meio ambiente é uma questão que interessa a toda a humanidade, pois abrange aspectos biológicos, filosóficos, econômicos e culturais. |
O mundo produz alimentos suficientes para nutrir os 6 bilhões de seres humanos espalhados pelo globo. São produzidos diariamente cerca de 3 quilos de alimentos por pessoa: 2 kg de grãos, meio quilo de carnes e ovos e meio quilo de frutas e vegetais. Portanto, não é carência de alimentos a causa da fome que assola as 790 milhões de pessoas famintas, mas sim a pobreza, desigualdade e a falta de acesso aos alimentos. Este problema crônico de desnutrição, em especial em países como o Brasil, que não sofre de guerras e seca generalizadas, tem sua origem em um sistema produtivo que eventualmente poderá comprometer a sustentabilidade do uso de recursos naturais pela população humana em expansão.
Uma das origens dos problemas ambientais e sociais, decorrentes do sistema ocidental de produção, está na prioridade do lucro e comercialização acima do uso adequado e justo dos recursos. Medidas de otimização da produtividade, transporte e qualidade de alimentos (que são obviamente vinculadas à preservação ambiental, condição básica para sustentabilidade agrícola) só são tomadas se derem retorno imediato aos investidores. Embora seja uma responsabilidade de governos, a destinação e melhoria do uso de recursos alimentares está em mãos mercantilistas, que lucram mais com perdas pouco onerosas a curto prazo, a despeito das conseqüências atuais ou futuras que estas tenham. Não existe a preocupação em saber por quanto tempo os recursos naturais serão suficientes para manter uma população nesses números. A população não se estabilizará no atual patamar. Apesar da diminuição da taxa de fertilidade em vários países, inclusive no Brasil, estimativas prudentes indicam um patamar de 9 bilhões de pessoas para 2025. Enfim, embora devamos, em algum momento, nos preocupar com a capacidade da biosfera de manter uma população crescente, repetimos que o nosso problema ético imediato é o de resolver o problema da fome. No Brasil, 10% de nossa população atual, cerca de 18 milhões, ainda são de famintos. O uso adequado de recursos naturais permitiria uma existência pelo menos decente da população que virá, ao contrário do atual sistema de acúmulo de riquezas, que consome muito mais recursos do que todas estas 18 milhões de bocas miseráveis consumiriam se bem alimentadas. |
A miséria é muito grande no mundo e, acompanhada da fome também é um dos maiores problemas a serem resolvidos. No Brasil, cerca de 2,34 milhões de pessoas moram em condições degradantes nas cidades. Essa é a população que vive em habitações improvisadas feitas de plástico, papelão e lata, embaixo de pontes ou em carros abandonados. Mais 9,5 milhões vivem amontoados em 3,3 milhões de unidades habitacionais com duas ou mais famílias, muitas vezes em condições semelhantes às de uma cela de presídio com superlotação. Este é o retrato das condições de moradia do brasileiro, segundo estudo feito pelo Banco Mundial com diversas outras instituições.
Segundo a pesquisa, 339.300 brasileiros correm risco de vida sob o teto em que vivem, morando em 117 mil habitações com mais de 30 anos, que estão condenadas pelas autoridades, em péssimo estado de conservação. São mais de 12 milhões em 4,2 milhões de unidades habitacionais urbanas consideradas impróprias. É como se praticamente toda a população da Bahia morasse em casas inadequadas. Dos 37,3 milhões de unidades habitacionais urbanas, 14,5%, ou 5,4 milhões, não oferecem condições mínimas de dignidade a seus moradores. Pode-se observar, atualmente, a coincidência entre o agravamento da carência habitacional e o reaparecimento de epidemias de doenças há muito erradicadas do país. Esta associação é um retrocesso, levando-nos de volta a meados do século 19, quando se deduziu que a insalubridade de certas moradias era foco de epidemias. |
84% dos problemas de moradia estão presentes em famílias com rendimentos inferiores a três salários-mínimos. Quando a renda sobe para a faixa de três a cinco salários-mínimos, o percentual dessas famílias na crise de moradia é de 8,4%, enquanto a renda entre cinco a dez salários-mínimos representa apenas 5,4%. Conclui-se que 97,8% dos problemas de habitação afetam famílias que ganham menos de dez salários-mínimos.
A maior carência de moradia está na Região Sudeste, que concentra 2,25 milhões de moradias consideradas inadequadas. Em segundo lugar está a Região Nordeste, com 1,72 milhão de unidades consideradas impróprias. Em seguida, aparecem a Região Sul, com 589.100 unidades, a Região Centro-Oeste, com 488.400 e a Região Norte, com 411.600. Quando são computados os problemas habitacionais também nas áreas rurais, a crise é mais presente no Nordeste e em segundo lugar no Sudeste. Hoje, a crise habitacional é visível de qualquer ponto em que se esteja nas cidades. Aí estão, em número cada vez maior, os moradores de rua e os cortiços, os loteamentos clandestinos e as favelas, invadindo inclusive áreas de risco e de preservação ambiental. Nas áreas urbanas do Estado do Rio existem 505 mil habitações precárias, onde moram sem um padrão de dignidade 1,46 milhão de pessoas. Desse total, 77.720 pessoas vivem em condições subumanas. Elas moram em 26.800 moradias consideradas improvisadas, feitas de papelão, de lata ou de restos de caixotes, sob pontes ou dentro de carros e barcos abandonados. Em outras 338.200 unidades, cômodos cedidos ou alugados e cortiços, existe mais de uma família morando juntas, numa população calculada em 980.780 pessoas. Já 91.350 moradores do Estado do Rio estão em 31.500 unidades em péssimo estado de conservação e que deveriam ser demolidas. |
No Brasil, outro fator que contribui para o agravamento da miséria e da fome é concentração de terra nas mãos de pequena parcela da população, evidentemente a mais abastada. O grau de concentração de terra no Brasil é um dos maiores do mundo. Menos de 50 mil propriedades rurais possuem áreas superiores a mil hectares e controlam 50% das terras cadastradas. Cerca de 1% dos proprietários rurais detêm em torno de 46% de todas as terras. Dos aproximadamente 400 milhões de hectares reconhecidos como propriedade privada, apenas 60 milhões são utilizados para lavoura. As terras restantes estão ociosas, sub-utilizadas, ou destinam-se à pecuária. Existem cerca de 5 milhões de famílias de trabalhadores rurais "sem terra", que vivem em condições de arrendatários, meeiros, posseiros, ou com propriedades de menos de 5 hectares. A concentração de terras tem aumentado muito nos últimos anos, aumentando o número dos grandes fazendeiros.
Existem cerca de 25 milhões de trabalhadores no meio rural, e deles somente 5 milhões são classificados como assalariados rurais. Cerca de 65% desses assalariados não possuem carteira assinada e apenas 40% possuem trabalho o ano todo. Muitos desses trabalhadores chegam a trabalhar até 14 horas por dia. Nesse contexto, mulheres e crianças são as mais vulneráveis. A maioria das mulheres realiza dupla jornada, dedicando-se a trabalhar a terra e às tarefas domésticas. Cerca de 4 milhões de crianças trabalham no meio rural e somente 29% delas recebem remuneração. Entre as crianças de 5 a 9 anos, somente 7% recebem remuneração e um grande número não têm acesso à educação. |
Nas últimas décadas, a renda média de todos os agricultores diminuiu 49%. Enquanto as melhores terras destinam-se à monocultura de cultivos para a exportação, como café, cana, algodão, soja e laranja, 32 milhões de pessoas passam fome no País e outros 65 milhões alimentam-se de forma precária. Desses 32 milhões que passam fome, metade vive no meio rural. Isso explica a migração para as cidades, que aumentou visivelmente nos últimos 30 anos. Hoje, mais de 77% da população brasileira vive nas cidades, o que contribui consideravelmente para o agravamento dos problemas ambientais urbanos.
A miséria no mundo Segundo a ONU, apenas 1% das pessoas mais abastadas do planeta detém 40% da riqueza global, enquanto 2% concentram mais da metade de toda essa riqueza. Na outra ponta, a metade mais pobre da população mundial só é dona de 1% de toda essa riqueza. Além de a renda global estar distribuída de forma desigual, a distribuição da riqueza é ainda mais distorcida. Pode-se comparar o quadro a uma situação hipotética em que, de um grupo de dez pessoas, uma teria US$ 99 e as demais, apenas US$ 1. Se pensarmos que a renda vem sendo distribuída de forma desigual, a riqueza está distribuída de forma ainda mais desigual. Em 2000, um casal precisava de um patrimônio de US$ 1 milhão para estar entre os 1% mais ricos do mundo - um grupo que reúne 37 milhões de pessoas. Essa riqueza está muito concentrada na América do Norte, Europa e nas nações mais desenvolvidas da Ásia e Pacífico. Só a população dessas regiões concentra 90% do total da riqueza. A América do Norte, apesar de reunir 6% da população adulta do planeta, concentra 34% de toda a riqueza. Por outro lado, a participação na riqueza mundial dos habitantes da África, China, Índia e de outros países com menos investimentos da Ásia é consideravelmente menor, quando comparada com o tamanho da população. |
O caminho das pedras
O tempo urge e a pobreza é uma calamidade do planeta e ninguém decide. A fome passa ao nosso lado com olhos arregalados estendendo a mão. Nossa consciência é sempre tranquila, pois a fome é dos outros e não é a nossa. Eliminar a pobreza e a fome e proteger o meio ambiente são coisas inseparáveis. É imprescindível melhorar a distribuição de renda no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento e aplicar parte dessa riqueza acumulada em programas que busquem ajudar os países a integrar o gerenciamento ambiental à redução da pobreza e às políticas de crescimento econômico. Tais programas devem ajudar os países a aproveitarem o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto), que permite que países desenvolvidos que não cumprirem suas metas de redução de poluentes invistam em projetos ecológicos de países em desenvolvimento dentre outras ações voltadas para a melhoria da educação, capacitação profissional, desenvolvimento de tecnologias limpas, saneamento básico e desenvolvimento da agricultura. No Brasil, temos recursos e tecnologia para vencer a fome. Falta-nos o espírito solidário para renunciar a privilégios e libertar-nos do vírus do egoísmo. Falta-nos, ainda, decisão política. Temos capacidade de produzir alimento bastante para o consumo interno e para a exportação. A combinação das redes pública e particular de armazéns é capaz de atingir toda a população, em qualquer parte do Brasil. |
Apesar disso, existe gente passando fome porque a renda familiar não permite comprar a comida que o mercado oferece. As raízes da fome estão, especialmente, na distribuição iníqua da renda e das riquezas, que se concentram nas mãos de poucos, deixando na pobreza, enormes contingentes populacionais nas periferias urbanas e nas áreas rurais.
A dignidade do ser humano decorre, também, o princípio ético da solidariedade, princípio esse que não pode ser confundido com certas práticas de assistência que humilham quem recebe. É preciso aprender a lição de ética que dá o povo da rua quando reparte o pouco que tem, para que todos sobrevivam. Essa ética particular, com mais razão, interpela a sociedade a repartir a abundância para que todos vivam humanamente, hoje e no futuro. Da afirmação da dignidade humana decorre também a exigência da simplicidade. Precisamos abdicar do sonho consumista, ilusoriamente inculcado pela propaganda e implementar uma globalização solidária, a partir de um estilo de vida sustentável. Garantir o alimento para todos, superando a miséria e a fome, exige de cada um de nós o engajamento pessoal. Mais do que isto, supõe a experiência pessoal do humilde e corajoso processo de gestação de uma nova sociedade, que atenda aos direitos e às necessidades básicas da população: educação, saúde, reforma agrária, política agrícola, demarcação das terras indígenas e das terras remanescentes dos quilombos, distribuição de renda, reforma fiscal e tributária, moradia. Exige também que desenvolvamos novas relações de trabalho e de gestão da empresa, criando uma economia de comunhão comprometida com a solidariedade e atenta às exigências da sustentabilidade. A fome e a miséria põem em julgamento aqueles que desperdiçam, que deveriam distribuir, ajudar e não o fazem. |
sábado, 12 de outubro de 2013
“É do tamanho do PSDB”, diz Brandão sobre proposta de Eliziane Gama
Eliziane Gama Reunião Com o PSDB |
12/10/2013
O deputado federal e presidente Estadual do PSDB, Carlos Brandão, elencou ontem (11), a proposta do PPS e a “aproximação até histórica” entre as duas legendas como fator favorável ao apoio dos tucanos maranhenses à pré-candidata Eliziane Gama ao Governo do do Estado.
Lideranças dos dois partidos se reuniram para discutir 2014, mas o presidente do PSDB declarou que o assunto será discutido “internamente”.
“A proposta é do tamanho do PSDB. O partido é grande, tem tempo de televisão e tradição. Há uma aproximação até histórica dos dois partidos no plano nacional, portanto, resta aguardar o resultado do diálogo que ocorrerá internamente”, afirmou.
Para Eliziane, a aliança com o PSDB é fundamental para a garantia de força a sua candidatura.
“Oferecemos espaços na majoritária com a indicação de vice e também para a disputa do Senado, de forma que os dois partidos estejam juntos na eleição do próximo ano. Se conseguirmos fechar essa aliança, a nossa candidatura irá forte para a disputa”, afirmou.
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