Candidata do PSB percorreu ruas do bairro da Tijuca em carro aberto.
'No segundo turno será diferente, com tempo de TV igual', afirmou.
A candidata à Presidência da República
Marina Silva (PSB) disse que está pronta para o segundo turno durante carreata na Tijuca, Zona Norte do Rio nesta sexta-feira (4).
Indagada sobre o empate técnico com o candidato Aécio Neves, apontado em
pesquisa Datafolha (*) divulgada nesta quinta, ela disse que o resultado que vale é o do próximo domingo (5).
"No dia 5 de outubro, a pesquisa é definitiva. Não serão as estruturas,
o dinheiro, o tempo de televisão, os marqueteiros. É o povo que decide
que o povo estará no segundo turno. Nós vamos ganhar da Dilma. O PT quer
o PSDB, e o PSDB quer o PT. Eles já se acostumaram em 20 anos. Agora é a
terceira força, a sociedade brasileira que identificou a forma de mudar
mantendo as conquistas mas não tendo atitude de complacência com a
corrupção e a incompetência. Para a frente é que se anda", disse.
Na companhia do candidato a vice, Beto Albuquerque e de outros
integrantes do partido e assessores ela percorreu em carro aberto
algumas ruas do bairro.
Na Praça Saens Peña, a candidata cumprimentou eleitores e tirou
fotografias. Ela não desceu do carro, onde fez um discurso de
agradecimento pelo apoio na campanha e voltou a falar sobre corrupção.
"É uma alegria a manifestação espontânea das pessoas. É assim que se
faz. Não é com o dinheiro da corrupção, com a calúnia e com a mentira. A
postura é de ter coragem de mudar o Brasil com respeito ao dinheiro
público", disse.
Marina criticou adversários por não terem apresentado programa de
governo. "O Aécio deixou para apresentar nos últimos minutos e ainda
pela metade. Nós apresentamos para saúde, educação, segurança e o Bolsa
Família. Para ampliar para os que necessitam, pagando o décimo terceiro
para os beneficiários do Bolsa Família", afirmou, em referência a
proposta que apresentou no debate da TV Globo. Ela também criticou Dilma
por supostas promessas não cumpridas. "A presidente em 2010 ganhou
eleição prometendo fazer 6 mil creches e só fez 400. Disse que ia manter
o país crescendo, e o crescimento é baixíssimo", declarou.
(*)
O Datafolha ouviu 12.022 eleitores em 433 municípios nos dias
1º e 2 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que,
se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados
estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa
está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número
BR-00933/2014.